Luz na medida certa

Responsáveis pelo acabamento dos ambientes e destaque dos pontos altos das construções, as luzes requerem projeto próprio

Com a finalidade de conciliar a função de cada ambiente, seja interno ou externo, o projeto luminotécnico proporciona funcionalidade, beleza e economia de energia elétrica para a construção.

De acordo com a arquiteta e lighting designer Evelise Ribeiro, da Engenho Arquitetura, essa última característica é a mais relevante. “Afinal, o uso exagerado de lâmpadas significa gastos extras e desperdícios de energia”, alerta.

Para Evelise, a iluminação eficiente é aquela que trabalha também a favor da proposta de decoração. “Pode ser utilizada para criar cenários, ressaltar algum elemento, setorizar ambientes, definir áreas de circulação, valorizar algum detalhe como um revestimento ou um quadro na parede”, indica.

E para esse trabalho complexo entram em cena os profissionais da área, importantes para auxiliar na escolha das luminárias e calcular exatamente a quantidade necessária de luz para cada ambiente, garantindo o conforto necessário. “Esse responsável técnico deve considerar as preferências do cliente, para que possam usufruir da melhor maneira o local sem perder a sua identidade”, aponta.

A arte de iluminar

Assim como a iluminação insuficiente pode deixar alguns cômodos da casa escuros, monótonos e desvalorizados, explica a arquiteta, áreas com excesso de luz, especialmente a artificial, são capazes de provocar exaustão e cansaço nos usuários. “Seja por excesso de lâmpadas ou por falta delas, muita gente se perde na hora de construir ou reformar a casa e acaba gerando custos inesperados sem o resultado desejado”, salienta.

Nesse caso, o ponto de equilíbrio pode ser encontrado na elaboração de um eficiente projeto luminotécnico, pois oferece conforto, aconchego e até economia. “Um projeto luminotécnico eficiente é capaz de integrar as características técnicas de economia e estética”, justifica.

A profissional salienta que cada ambiente requer um tipo de iluminação específica, que pode ser difusa, direta ou indireta. “Pode ser definida de acordo com o desejo do cliente e através de diferentes posicionamentos das lâmpadas é possível deixar um mesmo local com a luz perfeita para um jantar romântico ou para um dia de estudos”, exemplifica.

A funcionalidade, seja em projeto inicial ou retrofit, que é a atualização da iluminação existente, dependerá do desempenho dos pontos de luz em associação ao espaço físico. Como consequência, o profissional deve considerar a ambientação – materiais de pisos e paredes – e análise fotométrica de luminárias de LED e poderá utilizar sistemas como dimerização, sensores, fotocélulas e automação. “Ainda mais importante é pensar qual será o uso de cada espaço da casa. Os cômodos requerem níveis de iluminação e temperatura de cor diferentes e os LEDs de qualidade oferecem suporte necessário”, observa.

Uma dica importante é iniciar o projeto antes da construção, pois assim há uma flexibilidade maior para mudanças, além de poder trabalhar junto com a luz natural dos ambientes. “Por isso, quando for realizar o projeto, ele deve conter a planta do local e especificações de lâmpadas, luminárias e os pontos elétricos”, enfatiza.

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